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ABR
15
 
 ISABEL STILWELL DÁ CURSO SOBRE AS RAINHAS IMPORTANTES DA HISTÓRIA
A escritora e jornalista Isabel Stilwell, que se tem dedicado a escrever biografias sobre várias rainhas portuguesas, dá, entre dia 16 de abril a 14 de maio, às terças e quintas-feiras, um curso sobre as oito rainhas que biografou, no Âmbito Cultural do El Corte Inglés.
O curso tem como nome “As Oito Rainhas – A força de grandes mulheres ao longo da nossa História”. Ainda que já não seja possível fazer a inscrição para o evento, saiba que o objetivo é “apresentar oito destas mulheres cujo papel, dentro e fora das nossas fronteiras, marcou indelevelmente o destino de Portugal, dando-as a conhecer mais intimamente, para lá dos mitos e mesmo dos erros que, muitas vezes, lhes tingiram a fama e se perpetuaram pelos séculos”, lê-se na descrição do evento, para o qual já não há inscrições disponíveis.
Cada uma das sessões irá debruçar-se sobre uma rainha diferente e a sua época, todas elas biografadas pela autora Isabel Stilwell, por ordem cronológica. A primeira sessão será sobre a Dona Teresa, a segunda sobre Isabel de Aragão, de seguida falar-se-á da Filipa de Lencastre, depois Isabel de Borgonha, Catarina de Bragança, Dona Maria I, Dona Maria II e, por fim, Dona Amélia.
Percorra a galeria de imagens acima e conheça a história das rainhas portuguesas mais importantes da história.


D. Leonor Teles, a Aleivosa. foi provavelmente a pior Rainha de Portugal, sendo odiada pelo povo. Foi a última Rainha da primeira dinastia. No entanto Leonor é merecedora de nota por ser uma rainha fora do padrão, já que tinha sido casada e era já mãe de um filho quando se casou com D. Fernando. Apesar de pertencer a uma família nobre D. Leonor nunca foi o modelo de castidade e virtudes que se exigiam às mulheres da época.

D. Isabel de Aragão, Rainha Santa Isabel. Nascida em 1271 em Saragoça, Espanha, tornou-se Rainha de Portugal com apenas 11 anos, em 1282, devido ao casamento com D.Dinis. Ficou conhecida pela sua grande devoção e dedicação aos mais desfavorecidos. Na História ficou conhecida pelo milagre das rosas, que lhe valeu a única canonização da realeza portuguesa. Mandou ainda edificar hospitais em Coimbra, Santarém e Leiria e albergarias para mulheres.

D. Inês de Castro, foi a espanhola que roubou o coração a D. Pedro I, dando origem ao romance mais trágico da coroa portuguesa. D. Inês nasceu na Galiza mas tornou-se aia da Rainha D. Constança Manuel, casada com D. Pedro, de quem se viria a tornar amante. Quando a Rainha morreu D. Pedro foi viver com D. Inês provocando um escândalo em toda a corte. D. Afonso IV que não aprovava a união, mandou executar a dama galega em 1355. D. Pedro subiu ao trono em 1357 e nesse altura proclamou D. Inês de Castro rainha de Portugal e legitimou os filhos dos dois.

D. Filipa de Lencastre (1360-1415), nasceu em Inglaterra e em 1386 casou com D. João I, o Mestre de Avis. O casamento aconteceu no Porto e foi um passo diplomático fundamental para estreitar de relações entre Portugal e Inglaterra. D. Filipa era adorada pelo povo e ficou conhecida pela sua dedicação ao reino e à família, sendo mãe dos infantes mais conhecidos de Portugal, a ínclita geração.

D. Leonor de Lencastre nasceu em 1458 em Beja, tendo-se casado em 1470 com o seu primo D. João II (eram ambos bisnetos de D. João I e D. Filipa de Lencastre). Quando o Rei morreu em 1495, ficou conhecida por "Rainha Velha" e dedicou a sua viuvez a obras de caridade, tendo sido a responsável pela criação das Misericórdias.

D. Maria I, "A Louca". (1734-1816) Esta rainha nasceu em 1734 em Lisboa. Tornou-se Rainha de Portugal em 1777 após a morte de seu pai D. José. O seu reinado ficou marcado pela Viradeira, período que acabou com o poder de Marquês de Pombal e um regresso ao poder da nobreza e da Igreja. das suas obras destacam-se a fundação da Casa Pia. A Rainha morreu louca no Convento do Carmo no Rio de Janeiro.

D. Maria II, era filha de D. Pedro I do Brasil, que em Portugal era D. Pedro IV. O conflito gerado por a corte estar no Brasil e não em Portugal, levou o rei a abdicar do trono em favor da sua filha D. Maria, quando esta tinha apenas 6 anos. D. Maria foi Rainha em dois períodos primeiro: de 1926-1928 e posteriormente de 1834-1853. Em 1852 a Rainha aboliu a pena de morte para os presos políticos.

D. Amélia foi a última Rainha de Portugal. Nasceu em 1865 em Inglaterra, tendo-se casado com D. Carlos I em 1887. Partilhava com o marido amor pelas artes e o gosto pela caça. Durante o seu Reinado dedicou-se bastante aos tuberculosos. Entre as suas obras públicas mais conhecidas está o Museu dos Coches. D. Amélia estava presente no regicídio que vitimou D. Carlos e D. Luís. Em 1910, com a implantação da República a Rainha foi para o exílio, regressando a Portugal apenas de visita em 1945.